O QUE É PEDICULOSE DA CABEÇA. A pediculose da cabeça é uma doença causada por um inseto popularmente conhecido como piolho, que tem por nome científico Pediculus capitis. Geralmente ocorre em crianças que frequentam a escola devido ao contato próximo com outras crianças e objetos que apresentam piolhos. Ocorre também em adultos que lidam com crianças ou que se expõem com frequência a grupos de pessoas com piolhos. Vive no couro cabeludo, preso ao fio de cabelo onde a fêmea põe seus ovos, as lêndeas. Por isso, pessoas com cabelos longos têm mais facilidade de adquirir piolho, caso entrem em contato com esse inseto. O piolho anda sobre o couro cabeludo e tem o hábito de se alimentar do nosso sangue, causando muita coceira na cabeça. Há o piolho macho e o piolho fêmea. Cada fêmea pode botar até dez ovos por dia, aumentando desta forma o número de piolhos na nossa cabeça. As lêndeas são pequenas, de cor esbranquiçada e ficam presas no cabelo por uma substância que funciona como uma cola.
Para o tratamento da pediculose recomenda-se o uso de xampus e sabonetes apropriados, pois jamais devem ser usados produtos estranhos como veneno para outros insetos, pois podem causar graves intoxicações (um exemplo são os inseticidas à base de DDT, que são extremamente perigosos). Também são recomendáveis o uso de pente fino e a catação manual das lêndeas – a catação é muito importante, pois os xampus e sabonetes não rompem a casca dura das lêndeas, levando ao aparecimento de novas lendeas em mais ou menos dez dias, recomeçando o ciclo. Além disso, você já sabe: desde o surgimento da lêndea, são necessários apenas 15 dias para um piolho se tornar adulto e pôr os ovos. Por isso é preciso que o tratamento seja repetido até que não haja mais nenhuma lêndea, ou piolho adulto para recomeçar o ciclo. Por precaução, geralmente o tratamento é feito em toda a família. É necessário também que os objetos de uso pessoal como pentes, escovas de cabelo, capacetes, bonés, chapéus, presilhas de cabelo, bandanas e também travesseiros e lençóis, não sejam compartilhados, isto é, cada um deve usar o seu. Mas, caso sejam compartilhados, esses objetos devem ser lavados em água fervente, para matar algum piolho (adulto, lêndea ou ninfa) que ali tenha ficado. Para que tanto cuidado? Como piolho é um inseto que não tem asas, esses objetos funcionam como verdadeiros “meios de transporte de piolhos”, promovendo a infestação entre as pessoas que os utilizam.
Veja abaixo alguns mitos e verdades para entender melhor e tratar do problema.
Crianças são mais suscetíveis a piolhos?
Verdade. Isso acontece pela questão dos hábitos das crianças, que costumam se aglomerar nas atividades escolares, brincar juntas e compartilhar objetos. A maior incidência de piolhos, inclusive, se dá no período entre fevereiro e março – início do ano letivo.
Os piolhos permanecem nos travesseiros, fronhas e cobertores?
Verdade. Os parasitas permanecem em locais em que a cabeça do hospedeiro teve contato, porém não sobrevivem sem se alimentar de sangue por muito tempo. Caso tenha alguma pessoa em sua casa com o problema, procure trocar roupas de camas e toalhas, sempre que possível, evite contato com objetos pessoais da pessoa com piolhos e monitore outros habitantes da casa.
O piolho pode pular ou “voar” de uma cabeça para a outra?
Mito. O piolho não pula, nem voa, como a maioria das pessoas pensa. Ele passa de um hospedeiro para o outro apenas com o contato direto do cabelo de uma pessoa com outra.
Shampoos e loções são eficientes no combate ao piolho?
Verdade. Felizmente, não é mais necessário raspar os cabelos para se livrar das infestações de piolhos, já que existem opções eficazes para o tratamento. Escabin, há mais de 30 anos no mercado brasileiro, possui como princípio ativo a deltametrina, que age sobre o sistema nervoso dos parasitas, causando a morte dos piolhos e o fim da proliferação. É importante verificar também se as lêndeas foram mortas e eliminadas. Para isso, utilize um pente fino diariamente até se certificar que a infestação acabou e não restam mais lêndeas. No caso das crianças, recomenda-se que se ausentem da escola, caso não haja certeza de que estão livres do problema, evitando assim que outras sejam prejudicadas. Os shampoos e loções são ideais para o tratamento e isentos de prescrição, mas caso os sintomas persistam, um médico deverá ser consultado.
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